Sustentabilidade

A construção de um novo tipo de relação Estado-Sociedade-Mercado requer a reapropriação da política pela cidadania, assim como a existência dos novos espaços públicos para o debate sobre as alternativas de desenvolvimento para o século 21.

Desenvolvimento como um processo de mudanças qualitativas, como categoria central de sua filosofia, que além dos bens materiais contempla outros elementos, como o conhecimento, o reconhecimento social e cultural, os códigos éticos e espirituais de conduta, a relação com a natureza, os valores humanos e o que queremos enquanto futuro da espécie humana. E isso só acontecerá com a verdadeira participação das pessoas e das diversas institucionalidades que representem a nova cultura política, isto é, com a nova governança.

Consideramos o território como espaço de ação e poder e, portanto, ator inteligente e portador de protagonismo nos processos de mudança social. São as chamadas redes de poder socioterritorial. O território é um produto da prática social, dos atores sociais, seus nós, suas redes e suas tramas produtivas.

A prática de uma postura de responsabilidade social corporativa está diretamente ligada à percepção de fatores intangíveis que agregam valores tangíveis à organização, tais como aumento de receita, redução de custos e aumento de competitividade. Trata-se de estímulo interno para inovação de processos e produtos, aumento da demanda por seus produtos e participação no mercado, ambiente externo favorável à cooperação empresarial, fatores de competitividade sistêmica e redução da instabilidade política e institucional local.

O local possui ativos endógenos importantes que devem ser contemplados numa estratégia de desenvolvimento que busque a equidade social e a sustentabilidade ambiental.

O desenvolvimento sustentável não é um processo que dependa somente das diretrizes e intervenções do Estado, nem tampouco é o resultado exclusivo das atividades empresariais privadas: o desenvolvimento depende da forma como o conjunto da comunidade organiza a produção social. De fato, a conquista da eficiência produtiva e a competitividade das empresas privadas são função “sistêmica” de todo um conjunto de atividades que envolvem a sociedade, como: a educação e a capacitação de recursos humanos, a saúde, a higiene e a habitação, a adequada resolução de conflitos no sistema judicial e, sobretudo, as medidas dirigidas para garantir a disponibilidade de recursos estratégicos ou serviços avançados de apoio à produção na tríplice frente da informação, capacitação, tecnologia, mercados e acesso a financiamento.

Por isso, destaca-se que a competitividade é “sistêmica”, já que depende de todos os elementos do ambiente imediato da empresa. A qualidade deste ambiente territorial é, pois, determinante para a eficiência produtiva e a competitividade das empresas, ao permitir a redução de seus “custos de transação” (Williamson, 1989).

Numa perspectiva de sustentabilidade, o sucesso das empresas depende dos avanços na área social, assim como o enfrentamento das grandes questões sociais, estão a depender da sustentabilidade econômica das empresas e da sua contribuição direta e indireta na área social.

Como um mega empreendimento imobiliário nacional, a Reserva do Paiva deverá se constituir numa referência de inovação social, atendendo, inclusive, os novos referenciais de Responsabilidade Social Empresarial da ISO 26000, que contemplam o compromisso com o desenvolvimento socioeconômico do território.